
sem forças pra levantar;
apenas tentando continuar;
sem o menor resíduo de resistência;
sem a menor possibilidade de suportar sobre si mais um grama;
desfalecido, entregue ao momento desencadeador do concreto e do abstrato;
entre o sólido e o abrir as asas para o desconhecido; entre o inspirar e o não liberar a expiração;
entre o continuar e a terminação;
completamente entregue ao minúsculo instante da extração do que se tritura para liberar o sumo;
entre a filtração do insubstancial e a substância;
no momento último do fim e o iniciar da devolução;
no escapar do ajuntamento de uma fenda; bem aí,
logo aí, a vida desvia o olhar e alheia-se à cruciação.
Então, o que pode nos aliviar?
Alguém responde:
a esperança de que Ele nos volte Sua face e mais uma vez diga:
“num ímpeto de ira, por um momento eu escondi de você o meu rosto;
agora, com amor eterno, volto a me compadecer de você” (Is 54:8).
(Josué Firmino dos Santos)
Lu, vim agradecer a tua visita, obrigada!
ResponderExcluirJá estou te seguindo tbem. Parabéns seu blog é lindo.
Abraços com carinho
Lurdes