sexta-feira, 1 de julho de 2011

Museu Nacional da Assembléia de Deus em Belem

A memória da fé evangélica está em exposição, em Belém, cidade-berço do movimento pentecostal mundial, no Museu Nacional da Assembleia de Deus, inaugurado nesta quinta-feira (16). Localizada na rua João Diogo, no bairro da Cidade Velha, a casa que abriga o Museu é semelhante à residência da irmã Celina Albuquerque, onde os pioneiros se reuniam há 100 anos. A inauguração dá início, oficialmente, à programação do Centenário da Igreja.
Além da missão de arquivar e preservar a história da Igreja em solo brasileiro, o espaço funciona também como um centro de pesquisas, com um acervo disponível para estudantes e profissionais das mais diversas áreas que poderão aprofundar seus estudos em qualquer nível acadêmico. Nele, estão guardadas peças como baús dos missionários Samuel Nyströn e Nels Nelson, bússola do barco Boas Novas, jarra litúrgica utilizadas nos cerimoniais, exemplares dos primeiros suplementos bíblicos da Escola Dominical, contrabaixo acústico da primeira orquestra da Assembleia de Deus e telas em óleo com retratos dos líderes, entre outros.
Solenidade - A inauguração teve a presença de autoridades políticas e religiosas da Assembleia de Deus, como o prefeito Duciomar Costa, deputado federal Zequinha Marinho, deputado estadual Celso Sabino e o vereador Iran Moraes, que foram recebidos pelo pastor Samuel Câmara, presidente da Igreja em Belém; pastor Firmino Gouveia, pastor emérito da Igreja; e pastores Guilherme Costa e Rui Raiol, diretores do Museu. Da Suécia, também vieram os descendentes dos pioneiros Gunnar Vingren e Daniel Berg, como os netos Eva Vingren e Bo David Vingren, acompanhados dos bisnetos de Gunnar Vingren e amigos suecos.
"O Centenário chegou e vamos começar uma linda caminhada pela nossa cidade e uma viagem pela história desses 100 anos. Este prédio é autônomo com a condição de crescer e ser mais uma referência de pesquisa, com resultados que sejam registrados e dispostos a todos", comemorou o presidente da Igreja, agradecendo à Prefeitura de Belém pela cessão do imóvel e a todos os membros da Igreja que ajudaram a estruturar o Museu. Duciomar Costa ressaltou que Belém está em festa. "É com alegria que recebemos este Museu em que ficará registrada a história do berço do pentecoste", acrescentou.
História - "Cheguei agora ao destino de minha viagem. No dia 3 de julho, à noite, entramos no porto de Belém, mas não desembarcamos. Estava tão escuro quanto uma noite de outono na Suécia. Aqui, quando o sol se põe, imediatamente, vem a escuridão, e o dia e a noite são exatamente iguais". Este foi o relato de Frida Vingren, esposa do fundador Gunnar Vingren, em sua chegada a Belém, em 1917. Estava trovejando e à primeira vista, a cidade lhe parecia grande, imponente, e bastante bonita com suas torres e casas altas.
Essa história também está nas paredes do Museu, logo na entrada, recebendo os visitantes, que chegaram a Belém em caravanas de Goiás, Ceará, Espírito Santo e Rio de Janeiro para acompanhar as comemorações do Centenário da Assembleia de Deus e a inauguração do Museu. No meio deles, um grupo de estrangeiros chamava atenção, mas pela emoção que pelas características físicas. Deste grupo, faz parte Bo David, neto de Gunnar Vingren.
"Para mim, estar aqui hoje é um milagre. Meu pai faleceu quando eu tinha 11 anos e nessa época ele me disse para vir aqui. Mais que uma experiência, é uma grande emoção. Eles não deixaram moeda ou coisas materiais, e sim espiritualidade em trabalhos para o Senhor. Este foi um tema presente em toda minha vida: experimentar a riqueza de Deus. Ele é tudo o que é necessário para se viver. Andar pela cidade e reviver os passos de meu pai, que nunca voltou aqui, e agora tivemos a oportunidade de fazê-lo", revelou, emocionado.
Rosalba Macedo veio de Fortaleza para participar das comemorações do Centenário. Assembleiana há sete anos, ela chegou na última segunda-feira. A filha mora em Belém, e congrega no Templo Central. "Eu aceitei Jesus após receber o chamado e me batizei no Espírito Santo. Esta festa para nossa Igreja está excelente. A minha expectativa é renovar minha fé, e conhecer a origem de tudo é importante para isso", afirmou. A irmã Ângela Silva, de Vitória, está desde sábado na capital paraense. "Viemos num grupo de oito pessoas e estamos muito felizes em saber dessa história e ver de perto a família dos pioneiros", disse.
Serviço: Exposição Geração do Centenário "Memórias da Nossa Fé" - Museu Nacional da Assembleia de Deus, rua João Diogo, 221  (Cidade Velha).
Horário de funcionamento:
Terça a sexta-feira - 10h às 16h
Sábado e domingo - 9h às 13h

Com informações AD Belém

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